por Bruno Fonseca


Era mais uma daquelas vírgulas lindonas,,,
Fumaças se formavam sobre um lindo pescoço fino, o moço pensador viu aquilo do telefone e se divertia... Iria escrever belas palavras com a boca e jogaria uma pedra de flor pra machucar aquele mau humor. Eram palavras de sorte, pedacinho de vida, vida que se montava como quem pinta quadro de amanhecer. E naquela altura a moça analisante sentia o cheiro azul-claro daquelas palavras... não tinha nem como protestar. Não havia tempo para levantar muros de fechamentos. Não estava preparada, foi arrombada... E sorriu... Sorriu na compreensão que aquele rapaz tentava caçar infinitudes em seu quintal com uma rede de caçar borboletas. Ela não sabia de infinitudes, mas amava borboletas. Viu aquilo tudo pelo telefone, em uma gota de minuto em uma manhã qualquer de um dia de ontém, tudo dentro de uma vírgula lindona,,,

* montagem e texto: Bruno Fonseca

1 Comments:

At abril 16, 2006 7:53 PM, Blogger Na Mira da Rima said...

Percebi a importância da frase: "Quando se trata de arte é preciso ir a fundo" (well, acabei de cria-la ou remanufaturá-la)

Vindo aqui pro finzinho (ou início) da Palavril, eis que acho deliciosos texto e foto de Bruno Fonseca. Adorei essa 'vírgula lindona'. Esse rapaz tem blog? procurei o link mas não encontrei... gostaria muito de conhecer outras palavras e vírgulas escritas por ele.

Poetabraços

Clauky

 

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