Maiores e Menores, Fortes e Fortes
Por Rod Britto

Pois é; infelizmente em muitas vezes as novas turmas culturais são logo desacreditadas por forças supostamente "maiores" (resulta daí desestímulo e opacidade), porque estas últimas truculentas, e de todas as maneiras estas mesmas forças (muitas vezes carentes de inteligência e com alto colesterol), ainda que nos bem escondidinhos, tentarão anular forças supostamente "menores", que são estas apenas em potencial, assim, até então, até aqui, até agora, por seus bons índices de serviços prestados à renovação do indivíduo cultural ou de grupos de indivíduos, num bairro, na cidade, no Brasil (menos a intolerância, a esperteza e a deselegância intrínsecas à maioridade), visíveis, se quiserem. Até aqui estamos virtuais, não é mesmo? Mas quem garantirá o dia de amanhã, no esforço coletivo de apresentarmos sugestões gratuitas às razões maiorais, stricto sensus, como se não, não, não mesmo, munidos de argumentos, não vamos arrumar as ruas pro sensacional/virtual hepta? - mas não necessariamente contra eles e elas, pois dali pressupõe-se a disputa, a busca de pódio à altura, a perda da vergonha e da moral. Digo que como estímulo natural contra o desestímulo implantado é até boa a suposição de diletantes, a flutuação engajada/provocativa, o tal do maniqueísmo, as turmas bem diferenciadas e seus fortes, e mundialmente assim reconhecidos como menores ou maiores, sem misturas ou oxigenações da aldeia global, a condição de cada lado, desde que cá estejamos nós e outros os mais diversos - podendo aliar tantos fortes forem com motivos parecidos, mas não selecioná-los ou categorizá-los - livres, em ações continuadas, com um suporte de bons princípios, iguais na divisão do tempo/espaço/tarefas (alguns dos quais até ingênuos na sociedade em que vivemos e pela qual trabalhamos em suas diferentes áreas e pausas e giros - até o artísitico-intelectual, pode nem parecer, pelo lado de lá, mas tenho que sim). Uma utopia? O ideal. Afinal, não somos bêbados como querem, pagando de loucos e querendo aparecer para falar merda o tempo todo no microfone e no telão. Somos mesmo bem menores do que isso. Enfim, em assim se confirmando, outra vez na história, servir-nos-emos muito bem, à vontade - não só a nossa, mas a dos outros também. A nossa Liberdade de atuação fortalece o que é chamado por muitos de "de menor", apenas com a marca de uma cerca a olhos nus. E desgasta sempre os chamados eficientes como tais, em fortalezas, assim o 'são-sendo', desde há muito, os maiores deles e suas forças truculentas.
Fiquem bem.
Um abraço comunal, do Rod Britto.


Obs: Extraordinariamente a idéia lida acima é uma disposição extra ao texto enviado a mim pelo jornalista da Palavril, Vinícius Longo. Meu querido e digníssimo Alex, então, sinta-se tranqüilo ao menos por um mês...

1 Comments:

At julho 05, 2006 10:56 AM, Anonymous Anônimo said...

Não tenho muito o que dizer...
A idéia dos muito menores hoje demonstrada pelo Rod pode ser averiguada com mais de 44,1 milhoes de blogs espalhados pelo mundo inteiro. Assim como a Palavril, que reunem grupos, ou então solitários. A grande novidade que venho percebendo que aqueles que conseguem maior destaque são os solitários...
Alguém saberia me dizer porquê?
Eu acho que sei a resposta, mas queria muito saber a opnião de vocês...
Abraço!

 

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