Daiálogos Jandaias – Partido 1
por Rod Britto


Então, mano. Confere que em São Paulo a coisa não tá pra arruaças, chopinho, não coisa nem nada, se comparado com o Rio. O que é que é? Sim, é São Paulo, vá dar uma guinada na tua amarradação de páginas, folhas-secas, não fica pra bancar de trouxa, não. Com os nossos insofismáveis preconceitos, refratores do bem, lançamentos pras laterais, paulista é só cuzão. Ponto de muxoxo. Só pra um soprinho o Movimento da Poesia Maloqueirista, tudo mano de lá de Sampa, chopinho, massa, então, produtores e divulgadores da tsunâmica Revista Não Funciona. Massa. Os mandamentos ideais ao novo contorno do canto do mundo: Renato Limão, Pedrinho Tostes, Berimba de Jesus (novamente citado? Não, Editor; não estamos nos comendo, uma pena) Caco Pontes, Jerry, Sergio Vaz, Robson Canto, mais a gente lá da, dá-lhe Cooperifa neles, os inválidos e invalidantes burgueses, como são lindos ricos como são ricos os burgueses, intertextualidade como caetânicos. Pra eles, os infratores do bem, maloqueirismos. Objetivos de mercado à parte: na lata, toma! cruzando a Brigadeiro com a Paulista, como se elas se cruzassem numa boa...
Ah é! Que carinha inoportuno este croníssoro, é desvio público ele! Sangrias. Vá tomá banho, infeliz! Cê... (Caetano de novo, porque lembrou São Paulo, e a banda novíssima, pois não, croníssara). Rodi o quê? Cê tá se achando o que! Só sabe gastar encima do Rio de Janeiro e é bem verdade que não consegue se livrar desta cidade, viciado como ela! Furta rapidinho lá pra São Paulo, quem sabe até como enviado da Palavril, bisão!, bancado na fita, e volta mavioso, ainda pilhando mais, mensaleiro, sanguessuga, nada próprio do palavrear. E a nossa cidade, cá estamos. Ame-a ou deixe-a, seu putinho, chopinho, massinho, o caralho, que seja! É só largar, porra. Vá logo pra morar de vez, não volta, que aqui tem Palavril, tem Filé, boa escrita tamém tem, ora ora... Rod, por favor, não sou eu quem está dizendo isto, afinal, na Revista Palavril, temos mensagens dos leitores, e não são poucas, não – afinal, nós dois eletronicamos entre brancos e pretos, mas nos entendemos muito bem, há quem diga já que temos qualquer firma e as polêmicas sejam inventadas, que absurdo pensar isso.
Absolvidos. Absolvidas igualmente as cidades, paz entre as taperas, mocambos e malocas, cada qual e as suas facções, pobre, punguista e marginal é igual em tudo quanto é lugar, somando as dificuldades intrínsecas, os bolsões, não funcionam... Mais ou menos mentira. Dessa vez como nas outras, tomo partido e pt saudações. Ai, ai, e é tão bom produzir está croníssara trocando de governos. Partido que estou. Até quem lê mais livro bandida mais eficiente. Um vril no celular.
Deixo pra terminar esta Croníssara com um desenho monstruoso do grafiteiro de Sampa, o maloqueirista Jerry Batista, que espanca por lá, além de gente boa até pra quando morrer. Fodão o cara, mas não tenho o desenho dele, não. Afinal não vem tudo isso da combinação com as alvíssaras? Deu (e esse finzeco é gaúcho, lá dos... seu). Com os retoques feitos necessários, o Editor, A. Topini.

* Rod Britto é jornalista e editor gratoporlembrar@gmail.com