MANEJO ECOLÓGICO DO SOLO
por Raphael Borsoi

O manejo do solo consiste em preparar o solo para o plantio, prevenir e controlar a erosão e fornecer nutrientes às culturas. O solo se forma devido a fatores físicos (meteorologia), fatores químicos e processos biológicos, que irão determinar a fertilidade deste solo. A fertilidade é um status de um solo definindo a sua capacidade de suprir os nutrientes essenciais ao desenvolvimento da planta.
Os componentes físicos da fertilidade do solo são indicados por sua estrutura, profundidade efetiva, impedimentos à penetração das raízes, porosidade (macroporos/microporos – água/oxigênio) e temperatura.
Os componentes químicos da fertilidade do solo dependem da disponibilidade de nutrientes, presença de elementos tóxicos e capacidade de reação.
Os componentes biológicos são compostos pelos microorganismos, a fauna do solo e sua vegetação. Caracteriza-se pela quantidade, diversidade, atividade e funções ecológicas.
Considera-se o solo como um espaço habitado por milhares de organismos, com infinidades interação entre si e entre componentes não vivos, afetando-se e sendo afetado diretamente pelas práticas culturais utilizadas. Procura-se potencializar as interações e os processos com objetivo de otimizar os fluxos de nutrientes, reduzir suas perdas e melhorar as condições ambientais, o enfoque deixa de ser apenas uma cultura e sim o agrossistema e sua sustentabilidade a curto, médio e longo prazo.
Algumas técnicas podem ser utilizadas para melhorar a fertilidade do solo, tais como: redução ou eliminação da movimentação do solo, manter a superfície do solo coberta pelo maior tempo possível, manejo da cobertura do solo (plantas espontâneas, culturas de cobertura, cobertura morta), rotação ou associação com espécies de raiz agressivas, práticas de redução do escorrimento (físicas ou biológicas), uso de leguminosas e conservação e estocagem de água através de cobertura morta.