A MATA ATLÂNTICA
por Raphael Borsoi

A forma como hoje em dia se explora os recursos florestais na Mata Atlântica é totalmente insustentável, devido à exploração predatória do ponto de vista social, econômico e ecológico. Apesar de só restarem apenas 7,3 % de sua área original (Fundação SOS Mata Atlântica et al., Atlas da evolução dos remanescentes florestais e ecossistemas associados no Domínio da Mata Atlântica no período de 1990 e 1995 – São Paulo), e que a maioria das espécies ameaçadas de extinção pertença a esse ecossistema, a Mata Atlântica apresenta uma das maiores biodiversidades do planeta. Justamente pela ameaça que sofre por sua imensa riqueza e um alto grau de endemismo, justificado pela necessidade de projetos que visem sua exploração racional, através de manejos sustentáveis e de conservação.
A ameaça de extinção ocorre por causa do extrativismo predatório em algumas espécies de valor econômico. A falta de consciência ambiental e pressão sobre determinadas áreas, seja por especulação imobiliária, ou pela prática centenária de transformar florestas em áreas agrícolas. Este último fator é um agravante que hoje em dia fez com que as principais áreas de florestas nativas ficassem fragmentadas e em formações pioneiras e secundárias. Daí vem a necessidade de se elaborar um projeto de enriquecimento florestal, pois a capacidade de regeneração natural é um processo muito lento. Este processo consiste em plantar espécies nativas, em sua maioria frutíferas, com a finalidade de atrair a fauna, aumentando assim a biodiversidade, pois esta fauna se encarregará de fazer a dispersão e ainda trará consigo outras espécies.